A atuação da Polícia Rodoviária Federal no segundo turno das eleições foi alvo de diversas denúncias. Não apenas em razão das blitze realizadas por estradas do país, especialmente no nordeste, como também pela lentidão em reagir contra os bloqueios de estradas que começaram na noite do domingo (30).
Foi confirmado nesta quarta (10) que a Polícia Federal abriu inquérito contra a ação, especificamente contra as ações de Silvanei Vasques. Isso porque Vasques é diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) portanto, as ordens partiram dele.
O inquérito foi aberto após pedido do Ministério Público e deverá ser conduzido pela Superintendência da PF, de Brasília. Vasques ganhou grande atenção após o segundo turno das eleições, alvo de múltiplas críticas e denúncias.
A atuação de Vasques ficou ainda mais em evidência depois que o diretor-geral publicou em suas redes sociais um pedido de votos para o presidente Jair Bolsonaro. Não foram poucas as denúncias de que a PFR estaria sendo usada para fins políticos.
Uma das bases da denúncia, por exemplo, é a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que proibiu a realização de blitze no dia das eleições. Ainda assim, mesmo com a decisão clara, a PRF impôs operações em vários pontos.
Após uma onda de denúncias, o ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE, chegou a cobrar explicações sobre as operações. Agora, as ações da PRF serão investigadas para averiguar se houve irregularidade nas operações.