A polícia civil do Rio de Janeiro impôs sigilo sobre documentos a respeito da operação no Jacarezinho, que terminou com 28 mortos. A decisão foi comunicada após pedido da imprensa, que tem direitos garantidos pela Lei de Acesso a Informação.
Os documentos foram pedidos pelo portal G1 e fazem parte de um relatório enviado ao Ministério Público, mas a polícia alega que a divulgação dos dados pode ‘comprometer e pôr em risco outras atividades de investigação’.
A operação atraiu muitos olhares por ter sido considerada a “mais letal da história do Rio” e por outros aspectos, como ter sido realizada mesmo com a decisão do STF, que proibiu ações da polícia em favelas e comunidades durante a pandemia.
Vinte e oito pessoas morreram, dentre elas um policial. A operação sofreu críticas de diversos setores e está sob investigação depois de ser alvo de uma série de denúncias, feitas por moradores do Jacarezinho em sua maioria.
O STF deve voltar a analisar a possibilidade de operações policiais durante a pandemia, mas não tem data. O julgamento foi adiado depois que Alexandre de Moraes, ministro do Supremo, pediu vista para analisar melhor o caso.
O julgamento teria sido realizado no último dia 24, mas agora não tem data para acontecer. A polícia civil do Rio alegou que a operação, que terminou com 28 mortos, era de urgência. A operação, segundo a polícia, visava inibir a ação do tráfico em aliciar menores.