Polícia afirma que pai comprou livro nazista para o filho, autor de atentado

A Polícia Civil do Espírito Santo segue investigando as circunstâncias por trás do atentado a duas escolas de Aracruz, cometido por um adolescente de 16 anos. Uma informação, repassada pela própria corporação, agora pode complicar a situação do pai do menor.

O autor é filho de um tenente da polícia militar do estado e, de alguma forma, teve acesso às armas e ao carro do pai para cometer o crime. Durante o atentado, usava uma suástica nazista no braço.

Agora, a polícia confirmou que o garoto leu o livro “Minha Luta”, escrito por Adolf Hitler para compartilhar ideias antissemitas, que até hoje se traduzem em ideais supremacistas e discriminatórios, especialmente contra grupos marginalizados.

Ainda sobre o livro, o adolescente teria recebido o livro de presente do pai. Em conversas informais com colegas da polícia militar, o homem teria admitido que comprou o livro para tentar “se aproximar” do filho.

O tenente ainda teria confessado a colegas na época que o filho era fechado, não tinha amigos e se comunicava pouco até mesmo dentro de casa, com os próprios pais. A polícia ainda confirmou que, no telefone, existiam apenas dois contatos salvos: pai e mãe.

Estamos atentos à conduta do pai e seremos rigorosos nessa análise. Mas eu não posso antecipar isso, pois é objeto de investigação“, declarou o delegado André Jaretta.

O adolescente admitiu que planejou o atentado por dois anos antes de agir, não demostrou remorso ou sensibilidade pelas mortes.

Escrito por

Roberta R

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