PM que tirou a vida de marido alegando agressões psicológicas relata torturas com direito a ‘árvore com caveira’

Os filhos do casal, com idades de oito e três anos, também eram agredidos e xingados com palavras como “retardadinho” e “piranhinha”.

A major da Polícia Militar do Rio de Janeiro Fabiana Pereira Ribeiro, de 41 anos, em seu relato após tirar a vida do marido, relatou episódios de torturas sexuais e psicológicas sofridas durante o casamento. A mulher é a responsável pelo disparo com arma de fogo que executou o ex-cabo do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) Luiz Alberto Muniz do Carmo, de 48 anos. O episódio aconteceu no último dia 28 de fevereiro, com depoimentos da acusada colhidos na 37ª Delegacia de Polícia (DP) da Ilha do Governador.

Informações publicadas pelo jornal O Dia indicam que dois dos colegas de trabalho de Fabiana relataram que o ex-agente do Bope era um homem extremamente ciumento. Durante as crises, chegava a ameaçar e intimidar os homens que atuavam na major dentro da Polícia Militar. Depois do crime, a major foi afastada de suas funções na corporação.

De acordo com a defesa da acusada, em um dos episódios mais horripilantes, a vítima teria montado uma árvore de Natal com uma caveira trajando uma boina do Bope no topo, além de trocar os enfeites por projéteis de fuzil. O intuito seria intimidar a esposa em virtude dos ciúmes.

Reportagem do jornal O Globo, por sua vez, indica que os filhos do casal, com idades entre três e oito anos, também eram intimidados com constância, sendo chamados de “retardadinho” “piranhinha”. Além das hostilidades verbais, os casos de agressões também eram rotineiros dentro de casa.

Escrito por

Henrique Furtado

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