PM presa por se recusar a extrapolar carga horária, para conseguir amamentar, já denunciou assédio de superiores

Caso tem chamado a atenção e gerado críticas.

Detalhes do caso da prisão da soldado Tatiane Alves tem sendo trazido à tona e causado ainda mais consternação. A soldado, que é policial militar há sete anos, foi presa por suposta desobediência após se recusar a estender sua carga horária.

Tatiane já havia trabalhado por seis horas no patrulhamento do Centro Histórico de São Luis, ao lado de um agrupamento da PM. Em pé, sem comida e água, a PM decidiu não cumprir a carga horária extra. Além das condições, Tatiane também estava acompanhada do filho pequeno e do marido e chegou a explicar ao superior imediato que precisava amamentar.

Mesmo com todas as circunstâncias expostas, ela recebeu voz de prisão por desobediência. No entanto, detalhes dessa prisão estão chamando a atenção. Agora, uma nova informação levanta a suspeita de que Tatiane, na verdade, estaria sofrendo represálias por uma denuncia de assédio sexual, feita por ela anteriormente.

Em 2020, quando trabalhava em Imperatriz, ela denunciou um superior por assédio sexual. Na época, Tatiane acusou um comandante de impedir seu trabalho porque ela se recusava a dormir com ele. Como resultado, acabou sendo transferida de batalhão. O caso também resultou na abertura de um processo, mas Tatiane também foi acusada de “crime militar” e responde por supostamente “manchar” a corporação.

Agora, com problemas psicológicos em função dos assédios que relata ter sofrido, ela já admite que pensa em mudar de profissão. Nas redes sociais, Tatiane abriu um perfil (@relatosdeabusomilitar), onde fala sobre sua experiência e ajuda outras vítimas.

Escrito por

Roberta R

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