A tarde de hoje (14) foi marcada por uma rebelião de detentos da Penitenciária Sul, localizada em Criciúma, Santa Catarina. De acordo com informações confirmadas pela polícia, um grupo de cerca de 10 presos se aproveitou de uma falha de procedimento para agir, tornando três pessoas reféns.
Felizmente, a rebelião foi encerrada após algumas horas de negociação entre os detentos, a polícia militar, o Bope e o Departamento de Administração Prisional. No entanto, o caso acabou gerando debate já que a unidade é considerada uma penitenciária “modelo”.
A unidade é realmente impressionante e foi um investimento, mas também oferece bons resultados. No entanto, uma falha de procedimento colocou em risco pelo menos 3 profissionais, o que naturalmente gera críticas. Dois agentes penitenciários e uma psicóloga foram rendidos pelos detentos.
A juíza titular da Vara de Execuções Penais de Criciúma, Débora Zanini, deu entrevista ao NSC, e afirmou que a unidade é considerada de segurança máxima. Zanini explicou, ao colunista Denis Luciano, que muitos presos acabam tendo dificuldade para se adaptar ao regime de disciplina da unidade, que é elevado.
Atualmente, a penitenciária possui 800 detentos cumprindo pena, embora sua capacidade seja de 690 vagas. A unidade investe em ressocialização dos presos, oferendo inclusive vagas de emprego.
A rebelião, apesar de certamente ter sido um grande susto, acabou sendo controlada de forma eficaz. O DEAP não descarta a possibilidade de enviar alguns dos presos para penitenciárias federais.