Segundo diversos portais de notícia nacionais, a Igreja Universal abriu uma investigação interna para apurar a condição em que alguns pastores receberam auxílio emergencial. Segundo informações do UOL, pelo menos 69 pastores estão sendo investigados.
A investigação tenta esclarecer as condições em que os pagamentos foram feitos, já que existe a suspeita de que o pagamento tenha sido irregular. Os pastores da igreja possuem salário e um suporte da própria instituição, tornando suspeito o recebimento do auxílio.
Por outro lado, os pastores afirmam que foram orientados pela Direção da Igreja para que aplicassem cadastro para receber o benefício. A prática só foi possível porque os pastores da Igreja, assim como em outras Instituições, não possuem vínculo trabalhista.
Por não terem vinculo em carteira, tecnicamente os pastores são desempregados. Por isso, o cadastro passaria pelos critérios do Auxílio Emergencial. No entanto, a aplicação seria irregular porque os beneficiados não estão em situação de vulnerabilidade socioeconômica.
Sem vínculo empregatício, quem não declara imposto de renda consegue burlar o sistema de checagem mesmo tendo outras fontes de renda. No entanto, essa prática configura crime de falsidade ideológica e estelionato.
Já o Ministério da Cidadania afirma que não existe impedimento para que pastores recebam o auxílio desde que atendam os critérios de renda estabelecidos. A Igreja, procurada pelo portal UOL, afirmou que não comenta assuntos internos com a imprensa.
O caso ganhou os primeiros capítulos no ano passado e agora volta a ganhar repercussão.