Pai de menino que teve órgãos retirados enquanto ainda estava vivo faz desabafo: ‘foi assassinado dentro de um hospital público’

Dois médicos foram condenados na semana passada, após 20 anos.

O ano era 2000, quando três médicos foram denunciados por homicídio qualificado. Quem prestou a denúncia foi o próprio Ministério Público, depois do caso do menino Paulo Veronesi Pavesi, morto aos 10 anos em uma unidade pública de saúde.

Na época, os médicos apresentaram um laudo apontando morte cerebral do menino e logo começaram a remoção dos órgãos. De acordo com a denúncia, no entanto, o menino ainda estava vivo no momento em que teve os órgãos retirados e o laudo teria sido forjado.

O caso aconteceu em Poços de Caldas, depois do menino sofrer um acidente doméstico. Paulo caiu de cerca de 10 metros de altura, após um acidente no prédio onde morava e foi levado às pressas para o hospital. Dois médicos foram condenados na semana passada, após 20 anos.

O pai de ‘Paulinho’, chegou a falar sobre o caso com as novidades da Justiça. “Meu filho foi assassinado dentro de um hospital público e há mais de duas décadas aguardo alguma decisão”, desabafou Paulo Airton. “Os suspeitos continuam trabalhando e recursos de adiamento sendo aceitos”, lamentou.

O advogado de defesa também falou com a imprensa e lamentou que a prioridade dos médicos, naquele momento, foi a de preservar os órgãos do menino e não a sua vida. Outros médicos chegaram a ser denunciados pelo caso, mas tiveram a condenação revertida.

O caso foi uma grande polêmica na época e, agora, voltou a gerar grande comoção. Paulinho teria 30 anos hoje.

Escrito por

Roberta R

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