Pai de atirador de Aracruz nega ser bolsonarista e dispara em entrevista: ‘meu filho foi manipulado’

O atentado da última sexta-feira (25) em duas escolas da cidade de Aracruz, no Espírito Santo, segue sendo um dos assuntos mais comentados e procurados. O responsável pelos crimes é um adolescente de 16 anos e a polícia ainda investiga o crime.

Quem falou em entrevista foi o pai do menor, que é tenente da polícia militar e também se apresentava como terapeuta. Em nova entrevista, dessa vez ao Estadão, ele fez novas afirmações e se defendeu de ataques.

Na entrevista, o tenente afirma que o filho foi criado “com todo amor e carinho” e que não entende o que pode ter levado o adolescente a cometer os crimes. “Se eu pudesse, pediria para cada família o perdão para meu filho, apesar de saber que diante de tamanha dor isso é algo impossível”, afirmou.

Também na entrevista, o tenente confirmou que o filho foi vítima de bullying, mas também afirmou não acreditar que apenas o bullying seria suficiente para levá-lo a cometer o atentado. O garoto, para a polícia, admitiu que orquestrou o crime por dois anos.

Além de falar do filho, o homem também defendeu a si mesmo. Ele negou associação ao nazismo, mas confirmou que comprou o livro nazista “Minha Luta” e, além de ler, deu para que o filho também lesse.

Já sobre a associação, que vem sendo apontada por internautas, de que seria eleitor do presidente Bolsonaro, o tenente também negou. “Estão dizendo que eu sou bolsonarista, que eu gosto que as pessoas andem armadas. Eu não sou bolsonarista nem lulista”, disparou

Também ao jornal, ele negou que tenha ensinado o filho a atirar e afirmou que o garoto aprendeu a manusear armas pelo Youtube. Essa tese não é descartada pela polícia, mas vem sendo investigada.

Ainda na entrevista, ele afirmou que acredita que o filho tenha sofrido manipulação na web, embora tenha admitido não ter provas. “(…) meu filho foi manipulado, foi induzido por bandidos, por pessoas realmente malignas, satânicas, que estão nas redes sociais pescando um jovem ou outro que tenha a mente um pouco fraca”, afirmou.

O tenente ainda revelou acreditar que o adolescente esteja tentando proteger as pessoas que estariam por trás dos crimes. Por fim, ele defendeu que o filho deve pagar por seus crimes e negou que esteja desejando a impunidade do filho. “Não quero que seja feita vingança, quero que a justiça seja feita”, afirmou.

Escrito por

Roberta R

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