Padrasto acusado de matar menino autista diz que ‘às vezes era necessário colocar pano’ na boca por causa dos gritos

O homem e a mãe do jovem de 19 anos afirmam que convulsões geraram a queda e os machucados responsáveis pelo óbito, mas a polícia acredita que agressões foram o motivo.

Em depoimento prestado às autoridades policiais, o padrasto suspeito de matar um jovem autista, encontrado sem vida e com sinais de maus-tratos em Ponta Grossa (Paraná), afirmou que “às vezes era necessário colocar um pano” na boca da vítima, uma vez que, por conta de sua condição de saúde, sofria crises acompanhadas por diversos gritos.

“Às vezes era necessário colocar um pano porque ele estava incomodando muito por causa dos gritos dele”, afirmou o acusado. O homem foi detido no mesmo dia do óbito e está sendo indiciado por homicídio triplamente qualificado, além de tortura e cárcere privado, assim como a mãe, que também responde pelo crime.

Rômulo Luiz Fernandes Borges, de 19 anos, tinha diagnóstico de autismo e foi encontrado sem vida no interior da casa onde morava com os agressores com o corpo repleto de sinais de violência. O padrasto, em seu depoimento, afirma que, juntamente com a mãe da vítima, “tentaram de tudo”, alegando negligência dos órgãos públicos, que não contribuíram com o tratamento.

De acordo com o delegado que cuida do caso, foram as agressões do padrasto que culminaram na morte do menino. O adolescente era mantido amarrado e amordaçado em um banheiro repleto de mofo e sem iluminação no interior da residência onde sofria os maus-tratos desde o ano de 2018.

A mãe, em seu depoimento, chegou a chamar o adolescente de “louco”, tendo em vista as suas crises e convulsões. Além disso, alegou que o menino se machucava por conta própria por conta dos tombos que levava, sendo estes os motivos de seu falecimento.

Escrito por

Henrique Furtado

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