O Afeganistão volta a estampar a primeira capa dos principais jornais do mundo. Isto porque o país, 20 anos depois, volta a ser controlado pelo Talibã. O grupo retomou a capital Cabul após dias de cerco, com a saída do exército dos Estados Unidos.
Os Estados Unidos acabam ocupando um papel central em todo o drama vivido pelos afegãos, já que foram eles que, em 2001, tiraram o Talibã do poder pela primeira vez – em retaliação ao atentado de 11 de setembro.
No entanto, ao longo dos últimos anos, o país já vinha discutindo os prós e contras de manter a presença militar no país asiático – ao todo, de 2001 para cá, já foram gastos mais de US$80 bilhões em poder militar apenas no Afeganistão. Então, Donald Trump assinou a retirada das tropas norte-americanas, decisão que foi mantida por Biden.
Mas o que isso significa ao Afeganistão? O Talibã é um grupo radical que governa por meio de regras autoritárias baseadas em sua própria interpretação do Islã. Para os afegãos, o medo é que os abusos da década de 90 voltem a ser praticados.
Ao mundo, a tomada de governo do Talibã supostamente pouco ou nada influencia – a não ser para seus vizinhos mais diretos. O Talibã, embora seja um grupo extremamente militarizado, afirma estar preocupado com suas próprias fronteiras.
O pânico do terrorismo, por hora, parece não preocupar aos Estados Unidos.
