O que é o Talibã? Afeganistão vive caos e incerteza com volta do grupo ao poder

Talibã espalha medo e muitas perguntas.

Após a decisão de Donald Trump de retirar as forças militares do Afeganistão, era apenas uma questão de tempo até que o Talibã retomasse o poder do país. A relação entre os dois países é muito estreita e retoma ao atentado de 11 de setembro.

Em 2001, o Afeganistão era governado pelo Talibã e acabou sendo derrubado pelo exército dos Estados Unidos. O país acusava o grupo de ter apoiado os atentados terroristas contra os EUA, incluindo a queda das Torres Gêmeas. Sob essa justificativa, tropas norte-americanas invadiram o Afeganistão e depuseram o Talibã. O grupo, no entanto, nunca se desfez e agora volta ao poder.

O Talibã é um grupo formado em 1994, por afegãos sunitas. O Islã se divide, basicamente, entre xiitas e sunitas – que se diferem por questões de interpretação da fé islã, das tradições, dogmas, etc. O Talibã acredita em sua própria interpretação do Islã e defende que o Afeganistão deve seguir uma conduta baseada nessa interpretação.

Logo em seu surgimento, o Talibã teve apoio da população porque entregou resultados rápidos a um país destroçado pela guerra. No entanto, com o avanço do tempo, o grupo passou a impor uma rígida sharia, a lei islâmica, começando a causar atritos com a própria população.

As regras impostas pelo Talibã vão desde regras coletivas a regras individuais. Mulheres, por exemplo, não podem estudar nem trabalhar fora, devem permanecer confinadas em casa. Homens devem manter a barba grande e atender a uma série de expectativas sociais. O consumo de produtos, serviços e cultura ocidental – ou oriental, mas considerada blasfêmia – é extremamente proibido. As punições a quem foge das regras podem ser severas, com até mesmo a execução.

 

Escrito por

Roberta R

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