A quarta-feira (03/05) tem sido um dia indigesto para o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados. A Polícia Federal executou hoje um mandado de busca e apreensão contra o ex-presidente e nomes aliados à ele.
A operação tem gerado forte comoção, especialmente por ter acontecido logo pela manhã. Bolsonaro é suspeito de ter desfrutado, para si próprio e membros de sua equipe, de fraudes no sistema do SUS.
A investigações foram batizadas de Operação Venire. Logo após a operação, Bolsonaro foi visto publicamente e chegou a dar entrevista à TV Jovem Pan e também à CNN. O ex-presidente reafirma que não se vacinou e alega que não adulterou dados.
“Não tomei a vacina após ler a bula da Pfizer. Minha esposa foi vacinada em 2021, nos Estados Unidos, com a Janssen, e minha filha Laura, de 12 anos, também não tomou vacina“, declarou.
Já sobre a acusação de fraude, Bolsonaro afirmou que não houve fraude. “Não existe adulteração. Eu não tomei a vacina e ponto final. Nunca neguei isso”, afirmou.
Bolsonaro também esclareceu que usou documento diplomático para entrar nos Estados Unidos, o que permitiu que sua entrada acontecesse sem apresentação comprovação de vacina.
O ex-presidente teve aparelhos eletrônicos apreendidos, além de outros documentos. A íntegra do mandado possui acesso público e pode ser lida pode qualquer civil.
Em entrevista à Jovem Pan, Bolsonaro pareceu emocionado e admitiu estar abalado com a operação que, segundo ele, foi feita para “esculachar”. O ex-presidente criticou que sua esposa e filha mais nova terem sido alvo.
Bolsonaro também alegou que a operação da PF tem como objetivo “criar fatos” sobre ele.