De vez em quando, surgem na mídia alguns ex-participantes do Lata Velha. O quadro foi um grande sucesso no “Caldeirão do Huck”, programa apresentado por Luciano Huck nas tardes de sábado por anos.
A ideia do quadro era muito simples: um interessado se inscrevia, contando sua história com algum carro. O veículo não precisava ser necessariamente velho, mas precisava estar bastante danificado. A ideia era de que o programa reformasse e entregasse o carro reformado.
As reformas geralmente eram excêntricas e diferentes de tudo que qualquer um já tivesse visto. Nem sempre era um sucesso, inclusive até hoje ainda existem histórias de pessoas que se arrependeram e não gostaram das reformas.
O que nem sempre se via eram as oficinas, contratadas pelo programa, dando sua versão da história. O Uol conversou com dois proprietários de oficinas que passaram pelo programa, que compartilharam alguns dos desafios.
Muitos são os problemas, segundo os dois, incluindo falta de prazo, orçamento apertado e muita pressão. A matéria ouviu sócios da Dimension Customs e também Tarso Marques, da Tarso Marques Concept.
Emerson Calvo, Daniel Barbosa e Juliano Barbosa, da Dimension Customs, afirmam ter tido um saldo negativo ao sair do programa. Além do valor recebido da emissora, que alegam ter sido baixo, eles contam que tiveram problemas com produtores e um ex-funcionário, chegando a viver momentos difíceis.
“Sempre deixamos claro que, para a oficina, o quadro não é bom. Por isso nenhuma fica por muito tempo (…) tivemos problemas com a Globo e um ex-funcionário, saímos com uma mão na frente e outra atrás, demorou quatro anos para conseguirmos nos reerguer“, relatam.
Já para Tarso, a visibilidade do programa equilibrou o saldo final. Ele conta que a publicidade foi boa para os negócios, embora o acordo com a Globo não tenha sido dos melhores.