Circula nas redes sociais, desde a última semana, um vídeo em que manifestantes “agridem” um boneco que tem o rosto de Jair Bolsonaro. O boneco ainda traz uma placa escrito “Judas”, sugerindo que o presidente tenha “traído” seus eleitores.
Além de um boneco com o rosto de Bolsonaro, o vídeo também mostra um outro boneco, que traz o rosto de Paulo Guedes. Alguns manifestantes agridem os bonecos com golpes, inclusive segurando pedaços de madeira.
Enquanto batem no boneco, manifestantes gritam “fora Bolsonaro” e outras palavras de ordem. Ao fim do vídeo, o boneco é queimado enquanto as pessoas gritam “genocida” diante da cena. O vídeo viralizou e dividiu opiniões.
Enquanto algumas pessoas apoiaram a cena entendendo como forma de liberdade de expressão, outras interpretaram a cena como um incentivo a violência e desrespeito a figura do Presidente da República.
Para entender o vídeo, no entanto, é preciso destacar que a cena foi gravada em Santa Teresa, no Rio de Janeiro, e faz alusão a uma tradição da semana santa, conhecida como “a malhação de Judas”. Nessa tradição, um boneco de Judas é abatido, em referência a Judas da bíblia, que traiu Jesus.
O vídeo foi republicado por diversas pessoas, inclusive algumas lideranças políticas. Por seus perfis oficiais, Alencar Braga, deputado federal pelo PT, foi um dos que republicou o vídeo.
Bolsonaro + Judas = #BolsoJudas
Boneco de Bolsonaro foi queimado no Rio de Janeiro. pic.twitter.com/ZJ4IJ0DJUt
— Dep. Alencar Santana (@AlencarBraga13) April 3, 2021
Nos comentários, até mesmo críticos ao governo Bolsonaro se dividiram entre quem apoiou e quem criticou a cena.