Nise Yamaguchi, médica oncologista e infectologista, foi afastada do Hospital Israelita Albert Einstein depois de fazer uma declaração “infeliz” sobre o nazismo. O Hospital considerou a fala da médica “insólita” e declarou que uma averiguação está sendo conduzida.
Nise é doutora em oncologia e infectologia e possui um currículo recheado. A doutora, que é docente na Faculdade de Medicina da USP, também se especializou e ocupa um lugar de respeito entre seus pares da oncologia. No entanto, isso não a impediu de se envolver em polêmica provocada por uma declaração problemática.
Yamaguchi também esteve presente em muitos canais de notícia sérios desde que seu nome começou a ser cogitado para a pasta do Ministério da Saúde. Logo após a saída de Mandetta, seu nome começou a ser especulado e ganhou força com a saída de Teich.
A nomeação nunca se concretizou, mas a especulação acabou ganhando força depois da própria médica declarar que havia conversado com o presidente Jair Bolsonaro. Yamaguchi defendeu, publicamente, o uso de hidroxicloroquina na terapia contra covid-19.
Agora, em entrevista a TV Brasil, a doutora fez uma declaração considerada problemática pelo Hospital Albert Einstein, um dos maiores do país. A doutora comentava sobre a pandemia de coronavírus e fez um paralelo entre o medo sentido por judeus durante o nazismo e o medo provocado pela pandemia.
A declaração feita durante a entrevista foi vista como “infeliz e infundada” pelo hospital, que tem uma forte relação com o tema, por ser israelita. Em decorrência disso, a médica acabou tendo seu afastamento determinado pela direção do hospital.
O Hospital foi a público explicar o afastamento da médica depois que Yamaguchi declarou, em entrevista a Roberto Cabrini, do SBT, que o motivo de seu afastamento foi a sua visão sobre a hidroxicloroquina. O Hospital diz que não.
Depois da entrevista ao SBT, o Einstein emitiu nota afirmando que não esperava que o caso se tornasse público já que conduz uma “averiguação” e espera que seja breve. O Hospital também afirmou garantir a liberdade dos profissionais que integram seu quadro.
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