Uma das maiores pontes do mundo, a Ponte Rio-Niteroi ficou fechada temporariamente depois de ser atingida por um navio. O incidente aconteceu nesta semana e assustou muitos motoristas que passavam pelo trajeto, mas felizmente não houveram maiores acidentes.
Com a repercussão da notícia, muito se questionou e especulou. Teria sido um atentado? Um ataque? Na verdade, o navio em questão estava a deriva na Baía de Guanabara e seus riscos já eram alertados há anos.
Batizado de São Luíz, o navio era um entre dezenas de navios sem condição de uso e abandonados na Baía. O São Luiz, por sua vez, estava ancorada na região há cerca de seis anos. Abandonado, nesta segunda-feira os ventos o levaram a se chocar contra a ponte.
Existem dezenas de navios em condições iguais, e até piores, do que o São Luiz na Baía de Guanabara. Cabe à Marinha cuidar da remoção desses navios, mas o trabalho é lento e pode demorar anos.
Para ilustrar a situação, e dar uma dimensão do problema enfrentado, apenas no ano passado o Bateau Mouche foi cortado e sua sucata foi encaminhada para reciclagem. Esse navio ficou famoso em 1989, quando naufragou e causou a morte de 55 pessoas.
São alguns os motivos que levam a um cenário tão lamentável, mas em alguns casos os donos desses navios simplesmente não honram o contrato e abandonam as embarcações, o que gera um verdadeiro cemitério de navios a céu aberto.
O caso São Luiz gerou uma atenção maior ao problema, embora não hajam novidades em relação ao assunto.