A manhã desta quarta-feira foi de muito trabalho para socorristas, bombeiros, voluntários e moradores da cidade de Petrópolis. A previsão para a tarde é de mais trabalho ainda, já que as buscas estão longe de terminarem.
Muitas pessoas passaram a madrugada inteira trabalhando, buscando por sobreviventes e por corpos. A esperança é sempre a de achar sobreviventes, mas o número de mortos continua subindo. A cena é de caos e moradores não escondem o abatimento.
O número de mortos, segundo as autoridades, já é de 44. Cerca de 80 casas foram destruídas e um número ainda não confirmado de outras casas foi afetada. Milhares de pessoas estão desalojadas, ou porque perderam suas casas, ou porque precisaram deixar os imóveis.
Câmeras de telefone e de cinegrafistas capturam momentos de angústia na região. Uma cena desesperadora foi narrada em detalhes e demostra o quanto a população da região esta sofrendo com a confirmação das mortes e, além disso, com a falta de notícias.
Em um dos pontos estratégicos montados pelas autoridades, moradores se aglomeram em busca de informações. Escassas, as informações nem sempre são as que se deseja ouvir. Uma mulher, desesperada por notícias do irmão e da sobrinha, gritava sobre a frustração de precisar ser forte.
“Eu não consigo ser forte, não dá para ser forte. É quem eu amo, é maior do que eu“, gritava a mulher. Ao redor dela, outras pessoas passavam pela mesma situação. Apesar de ser grande a solidariedade entre os afetados pela tragédia, a dor não se controla.