Duas médicas foram afastadas do Hospital Infantil e Maternidade Alzir Bernardino Alves (Himaba) após a morte do menino Kevinn. Aos 16 anos, o adolescente ficou cerca de 4 horas na porta da unidade, enquanto aguardava liberação para admissão.
Pela primeira vez, desde a repercussão do caso, o advogado de defesa das profissionais se manifestou pela primeira vez. O advogado Jovacy Peter Filho garante que não houve omissão no caso e afirma ainda que as clientes estão sendo pré julgadas.
Segundo o advogado, Kevinn foi transferido para o Himaba em estado grave, precisando de vaga em UTI. A vaga aberta para ele, no entanto, seria de enfermaria. Por isso, alega o advogado, foi avaliado que Kevinn estava melhor assistido na ambulância, que era UTI Móvel.
“Esse paciente chega com o respirador e entubado, e portanto, em um estado crítico, dependendo de um respirador para que ele pudesse continuar toda a sua evolução clínica no hospital“, afirma. O advogado segue explicando que, na enfermaria, onde havia vaga para Kevinn, não haviam respiradores.
O advogado ainda argumenta que a alocação de vagas não é responsabilidade das médicas plantonistas. Ele explica que as médicas não tinham autonomia para alocar o paciente, tampouco transferi-lo para outro hospital.
O caso esta sendo investigado pela polícia. A família alega que Kevinn ficou por horas dentro da ambulância, sem ser atendido por médicos do Himaba. A família registrou boletim de ocorrência e recebeu apoio da secretaria de saúde, que também aponta negligência no caso. Duas médicas plantonistas estão sendo apontadas como principais responsáveis e se manifestaram pela primeira vez, negando que tenha havido negligência.