Na França, cães estão sendo treinados para reconhecer cheiro do novo coronavírus

Os animais selecionados já estão habituados com o trabalho como farejador e atuam em equipes de buscas de pessoas desaparecidas em desastres e por isso foram escolhidos.

A domesticação de cães é historicamente voltada para o uso de seu potencial em favor da vida humana. Desde os tempos mais remotos, esses animais foram usados como ferramenta de caça, força de tração, vigilantes, dentre outros. Hoje a visão de que são animais fofos e parte da família é outra percepção da vida desses animais, mas que não inutilizou o uso prático de suas habilidades.

Por exemplo, ainda hoje os cães são usados para auxiliar pessoas cegas, ou na força policial como farejadores. E é focado nessa ultimo exemplo que pesquisadores franceses tem tentado treinar cães para farejar o novo coronavírus. A ideia não é inteiramente inédita, já que outras pesquisas semelhantes já foram conduzidas. Por exemplo, cientistas conseguiram que cães farejassem câncer. Tendo isso em mente, bombeiros e veterinários de Ajaccio, Córsega, estão tentando atingir o objetivo desta vez com o covid-19.

A Escola Nacional Veterinária de Alfort, em Paris, coordena o estudo. Pelo menos 8 cães fazem parte da pesquisa, batizada de Nosais. A ideia é que o uso de cães possa ser viabilizado como um complemento aos testes já existentes.  Os animais selecionados já estão habituados com o trabalho como farejador e atuam em equipes de buscas de pessoas desaparecidas em desastres e por isso foram escolhidos.

O teste funciona da seguinte forma: compressas que foram diretamente colocadas sob as axilas de pacientes com o covid-19 são misturadas a compressas que não entraram em contato com o vírus. Esses materiais são disponibilizados aos cães que devem desenvolver a habilidade de apontar corretamente para as compressas contaminadas pelo vírus. As axilas foram escolhidas porque não carregam a carga viral, logo são manejos seguros.

Em paralelo a isso, pesquisadores da Universidade de Corte, trabalham na viabilização do protocolo como conhecimento científico, caso os resultados obtidos sejam confiáveis, para que o projeto seja disponibilizado ao poder público. Pesquisas semelhantes estão sendo conduzidas no Reino Unido pela Universidade de Durham, em associação a Escola de Higiene e Medicina Tropical.

Escrito por

Roberta R

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