Em 2018, Karine Fernandes Ferreira da Silva realizou uma cirurgia no Hugo (Hospital de Urgências de Goiânia) e, pouco tempo depois, descobriu ter sido vítima de um erro grosseiro dos médicos que realizaram o procedimento.
Karine saiu da mesa de cirurgia com uma broca, de cerca de 5 centímetros, costurada dentro do seu braço. O objeto era parte da ferramenta usada pelos médicos durante a cirurgia, uma furadeira cirúrgica, mas deveria ter sido retirado.
Depois de constatar a presença do objeto, a mulher decidiu mover uma ação contra o estado. O processo se arrastou até agora, quando a Justiça de Goiás decidiu em seu favor e determinou o pagamento de indenização de R$12 mil.
Na época em que a denúncia foi feita, o Hospital chegou a afirmar que a broca não havia sido removida porque não causava dano funcional à paciente. O hospital também alegou que o objeto seria retirado posteriormente, quando fosse feita cirurgia para retirada dos pinos.
Karine precisou ir ao hospital depois de sofrer um acidente de trânsito. Ela primeiro foi atendida em uma UPA e logo transferida ao hospital. A cirurgia foi realizada com certa agilidade, mas a paciente passou a ter transtornos posteriores.
Por sentir muitas dores e ter dificuldade de movimentar o braço, ela procurou fazer fisioterapia, quando os profissionais estranharam sua recuperação lenta e solicitaram um raio-x, quando foi identificada a presença do corpo estranho – o que deu início a toda a situação.