A última semana trouxe um grande susto especialmente para quem mora, ou está de passagem, em Pernambuco. Duas irmãs foram internadas em estado delicado após contrair a “doença da urina preta”, ou Síndrome de Haff.
Flávia e Pryscila Andrade começaram a manifestar sintomas depois de comer arabaiana, um peixe comum na região. Além das duas, o filho de Flávia e duas funcionárias também comeram do peixe, que foi servido em um almoço, na casa de Flávia. Todos manifestaram sintomas.
Enquanto as duas funcionárias tiveram dores nas costas, o filho de Flávia teve diarreia e dores abdominais. Pryscila foi quem teve os piores sintomas logo de cara. A veterinária não conseguia andar, teve câimbras por todo o corpo e também se enrijeceu.
O diagnóstico veio quase que por acaso. Flávia esteve no hospital para visitar a irmã, que já estava internada na UTI, quando ouviu um médico conversando sobre Síndrome de Haff e os peixes que liberam a toxina, e informou que havia ingerido o peixe com a irmã. Exames foram feitos e a doença foi confirmada.
Flávia ficou internada, mas se recusou a ir para a UTI. A irmã, Pryscila, foi quem teve os piores sintomas. A médica veterinária chegou a ter os rins e fígados comprometidos, além de água no pulmão. Ela segue na UTI, mas agora consegue mover os braços.
A síndrome é considerada rara e o Ministério da Saúde confirmou que investiga 5 possíveis casos na região. Flávia teve alta ontem (24) e seguiu para casa, onde deve seguir a recomendação médica de beber bastante água.