Mulher dada como morta e que reapareceu após 10 horas em alto mar desabafa: ‘morri mas passo bem’

Priscila desapareceu após ser arrastada ao mar.

Priscila Pereira da Silva, 46, pode muito bem passar a comemorar o aniversário duas vezes no ano a partir de agora: na data em que nasceu e na data em que foi resgatada, após passar cerca de 10 horas no mar.

A mulher estava caminhando com a patroa na praia de Guaraú, quando foi surpreendida por uma onda e arrastada para o mar. Logo o Corpo de Bombeiros foi acionado e deram início as buscas. Depois do susto, a esteticista deu entrevista ao UOL e contou sobre a experiência.

Priscila conta que, num primeiro momento, pensou que o resgate seria rápido. “O local fica próximo a uma Marina. Ai eu pensei: ‘Vou boiar, porque ela [a patroa] saiu. Ela vai pedir ajuda, eles vão colocar o barco e eu to aqui perto’. Só que não foi assim que aconteceu“, lembra.

A esteticista, a está altura, já estava além da arrebentação e conseguia boiar com certa facilidade. No entanto, o passar das horas começaram a ser angustiantes porque ela percebia que ninguém aparecia para resgata-la. Isso aconteceu porque Priscila acabou sendo levada para muito longe de onde havia sido vista pela última vez.

Dentro de algumas horas, a informação do próprio Corpo de Bombeiros era de que Priscila já deveria estar morta. O que ninguém sabia é que ela havia conseguido sair do mar, por conta própria, com muito custo.

Priscila conta que percebeu, em certo momento, que as ondas já não estavam mais no sentido da praia e decidiu se deixar levar por elas. “Poderiam me levar a algum lugar“, se lembra. E deu certo! Ela chegou até algumas pedras e, depois de muito sufoco, conseguiu acessar uma trilha e chegar até a estrada.

Enquanto caminhava, apenas de biquini e descalça, pedia carona e não conseguia ajuda. A sorte mudou quando a confeiteira Fábia Martins do Nascimento passou e a reconheceu, parando o carro para socorrê-la. Priscila então voltou para a praia e se deparou com uma mobilização com a qual não imaginava.

Quando eu cheguei, as pessoas começaram a gritar que eu estava viva. No mar, eu perdi toda a noção. Não sabia que tinha tanto bombeiro, que estavam procurando um corpo, e não sobrevivente. Aí eu chorei“, lembrou.

Ela lembra de ter tido um sentimento “esquisito”, se sentir em seu “funeral” e ainda brincou afirmando que morreu “mas passa bem”. Priscila encara o episódio como um verdadeiro milagre.

Escrito por

Roberta R

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