Moraes atende recurso e poupa PP e Republicanos de multa milionária a ser paga pelo PL sozinho

Partidos alegaram não ter sido consultados sobre a ação.

Após pedido feito pelos partidos, Progressistas e Republicanos, Alexandre de Moraes excluiu ambas as siglas da ação que contestava a segurança das urnas eletrônicas. O pedido foi feito após determinação da multa de mais de R$22 milhões.

Na última semana, o Partido Liberal (PL), partido do presidente Jair Bolsonaro, entrou na Justiça pedindo anulação das eleições presidenciais. O partido alegava suposta fraude – não provada – nas urnas e assinou a ação como coligação Pelo Bem do Brasil.

Progressistas e Republicanos integravam a coligação e acabaram alvo da multa aplicada. A multa, convém ressaltar, foi aplicada com base na previsão legal de litigância de má-fé – ou seja, quando uma ação é movida de forma intencionalmente desleal ou corrupta.

Na decisão, Moraes alega que o PL falhou em apresentar provas ou indícios que sustentassem as alegações, além de também pedir anulação apenas do segundo turno, especialmente a eleição presidencial, e não de todo o processo eleitoral – aqui vale lembrar que o PL elegeu 99 deputados no primeiro turno usando as mesmas urnas que, no segundo turno, acusou de mau funcionamento.

Por meio de recurso, ambos os partidos acusaram o PL de agir sem consultá-los e apontam já terem reconhecido o resultado das urnas, solicitando a exclusão da ação e, consequentemente, da multa.

Nesta sexta-feira (25), Moraes decidiu em favor de ambos os partidos, o que significa que o PL terá que pagar a multa sozinho. Se não pagar o valor, o partido permanecerá com o fundo eleitoral bloqueado.

Além da multa e do bloqueio, Moraes também encaminhou pedido de investigação.

Escrito por

Roberta R

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