Depois de anos de investigações sobre o suposto esquema de ‘rachadinhas’, o Ministério Público do Rio de Janeiro deve denunciar Flávio Bolsonaro, atualmente senador, e o ex-assessor dele, Fabrício Queiroz, na ALERJ.
A investigação era sobre as supostas irregularidades cometidas por Flávio, filho do presidente Jair Bolsonaro, durante o período em que era deputado estadual. Queiroz é apontado como grande operador do esquema, enquanto Flávio é apontado como quem orquestrou.
A denúncia possui 300 páginas de relatório que resultam da investigação. Esse relatório aponta as evidências encontradas pela Polícia Federal que foram capazes de convencer o MP de que, de fato, haviam indícios concretos de que havia a prática criminosa.
Flávio e Queiroz podem responder por organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro. O senador é acusado de ter usado, pelo menos, R$2,7 milhões como resultado do esquema. O dinheiro supostamente era lavado em uma loja de chocolates que pertencia a Flávio e em negociações envolvendo imóveis.
As investigações duraram mais de 2 anos, antes mesmo de Flávio assumir como senador. Ao longo desse período, foram levantadas as evidências que resultaram na decisão do Ministério Público. De acordo com O Globo, o MPF pretende formalizar a denúncia.
O caso ainda pode render novas denúncias, já que ainda está sendo apurado se de fato houveram vazamentos de informações da Polícia Federal. Há alguns meses, o empresário Paulo Marinho denunciou que agentes da Polícia Federal vazaram informações confidenciais.
O suposto vazamento teria sido feito para que Flávio tivesse a chance de entrar em contato com o ex-assessor, que permaneceu escondido e chegou a ser considerado foragido.