Ministério Público pede indenização de R$ 50 milhões contra supermercado que demitiu funcionária negra por denunciar racismo

A funcionária alega que vinha sendo alvo de discriminação por parte de outro funcionário desde começou a trabalhar no local.

Um caso envolvendo a rede de supermercados Atacadão agora se tornou processo junto ao Ministério Público do Trabalho. Uma auxiliar de cozinha negra, de 31 anos, diz ter sido alvo de racismo e intolerância religiosa dentro do ambiente de trabalho.

O caso chamou a atenção pública depois de ter sido veiculado em reportagem da GloboNews. A funcionária alega que vinha sendo alvo de discriminação por parte de outro funcionário, identificado como Jeferson Emanuel Nascimento, desde começou a trabalhar no local.

Nataly Ventura da Silva, candomblecista, afirma também que além do racismo, também era alvo de intolerância religiosa. O caso chegou ao extremo quando a moça se deparou com os dizeres “só para branco usar“, escrito em um dos aventais e assinado por Jeferson.

Apesar de ter sido vítima de racismo, Nataly acabou sendo demitida e o estabelecimento alegou que a ex-funcionária havia tido “conflitos com outros funcionários”. O MPT agora entrou com uma ação contra a rede de supermercados.

Procurada pela GloboNews, a empresa afirmou que abriu sindicância para apurar o caso e também demitiu o funcionário envolvido. Jeferson, por sua vez, alega que tudo foi uma brincadeira e que Nataly apenas teria pedido para que ele apagasse a mensagem.

De acordo com registros do próprio mercado, o mesmo funcionário já havia sido acusado de racismo antes e até mesmo agredido outra funcionária. O processo do MPT também determina a recontratação imediata de Nataly.

Escrito por

Roberta R

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