O Ministério Público do Estado do Mato Grosso viu uma onda de queixas populares depois de divulgada a compra de 400 aparelhos telefônicos de alta tecnologia para serem entregues a promotores. A revolta acontece porque, em média, promotores do estado recebem salário de R$30 mil.
O MP justificou a compra dos aparelhos afirmando que os aparelhos notebook estão com a garantia vencida e, ainda segundo o Ministério, uma pesquisa interna teria apontado que os aparelhos celulares resultariam em “melhor alternativa para aperfeiçoar a atuação dos membros do Ministério”.
Ainda como justificativa, o MPE alega que o preço dos aparelhos é semelhante ao que seria gasto com novos notebooks. Uma lista mostra que foram compradas 201 unidades do Iphone 11 Pro Max, 64 do Galaxy Note 20, 15 do S10 e 120 unidades do A01.
Duas ações populares foram extintas pela Justiça, pelo entendimento de que eram repetidas. Uma ação ainda está em tramitação, mas ainda não foi julgada, assinada pelo advogado Alberto Gatti Nunes.
O caso tem gerado polêmica e a ação pede que a ação seja suspensa e o valor, de R$2,2 milhões, seja restituído aos cofres públicos. Para o advogado Alberto Gatti, a compra é um atentado a moralidade.
De acordo ainda com o entendimento da Justiça, o advogado deve fazer alterações na ação já que haveriam erros não apenas no endereçamento, como também a citação do órgão. Essas alterações devem ser feitas antes do andamento do processo.