A comunidade indígena ianomâmi vem sofrendo com a invasão de suas terras pelo garimpo ilegal.
Nesta última segunda-feira (25), o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kwana (Condisi-YY), Júnior Hekurari Yanomami, que também atua como um líder da comunidade indígena, veio a público através de um vídeo compartilhado nas redes sociais para denunciar o estupro e morte de uma menina de 12 anos.
O crime aconteceu na região conhecida como Waikás, que fica dentro da demarcação da Terra Indígena Yanomami, uma das mais atingidas pelo garimpo ilegal.
Segundo Hekurari, alguns garimpeiros invadiram a comunidade Aracaçá, a garota estava sozinha na comunidade quando os garimpeiros atacaram o local e levaram menina para as barracas onde eles se abrigam.
Uma tia da adolescente tentou impedir, ela estava com uma criança no colo, mas a mulher foi empurrada no rio.
A mulher teria se salvado, mas a criança desapareceu nas águas do rio Uraricoera. Sendo assim a ação criminosa dos garimpeiros fizeram duas vítimas fatais.
Hekurari afirmou que a comunidade Aracaçá está cercada pelo garimpo ilegal e ficou no meio dos acampamentos dos garimpeiros espalhados pela região.
Há alguns dias a Hutukara Associação Yanomami, havia denunciado a violência sexual cometida por garimpeiros contra as mulheres e meninas das comunidades ianomâmi.
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O líder indígena afirmou que informou a Polícia Federal e ao Exército sobre o estupro e morte da adolescente. Ele afirmou que iria até Aracaçá nesta terça-feira (26), para retirar o corpo da menina do local e levá-lo para a realização de exames cadavéricos no Instituto Médico Legal (IML), na cidade de Boa Vista, capital do estado de Roraima.