O policial penal Luiz Conceição Santos, 51, falou ao UOL e revelou que tem intenção de processar os administradores do hospital municipal de Campo Verde, onde a esposa foi atendida depois de ser picada por uma jararaca.
Luciene Pedroza Moreira Santos, 44, morreu no último dia 25 após ser picada pela cobra. Segundo Luiz, a esposa chegou a esperar por cinco horas até receber o soro antiofídico. O soro é a única forma de sobrevivência para uma vítima de picada da cobra, mas precisa ser aplicada rapidamente.
Luiz critica o atendimento que a esposa recebeu no hospital municipal da cidade, relata a demora da aplicação do soro, que não tinha em estoque no hospital, e que a esposa precisou ser transferida. Ao chegar na nova unidade, a mulher já apresentava estado renal grave.
Ele conta ainda que a esposa estava recolhendo roupa quando foi picada, no dia 20. Ela mesma pediu socorro e Luiz localizou a cobra, matou e a levou ao hospital da cidade. No local, foi informado que a esposa precisaria ser transferida.
“Daí ela ficou esperando duas horas até a ambulância chegar, só conseguiu sair de Campo Verde às 21h30. Quando chegou em Rondonópolis, já passava das 23h30“, relata.
Luciene chegou a receber o antídoto no hospital, mas seu quadro se agravou rapidamente. Ela precisou ser levada para a UTI, passou por cirurgia de emergência e precisou de hemodiálise, mas não resistiu.