Pela segunda vez dentro na mesma semana, um jornalista que cobria a Copa do Catar tem a morte confirmada. Dessa vez, trata-se do fotojornalista Khalid Al-Misslam, que atuava pela TV local TV ‘Al Kass’.
“Com enorme tristeza, e corações que acreditam na vontade e no destino de Deus, os canais Al Kass Sports lamentam a morte”, escreveu a emissora. Apesar de confirmar a morte, a emissora não informou a causa.
Al-Misslam integrava o Departamento de Criatividade da emissora e participava da cobertura da Copa. Não foram divulgadas informações sobre a causa da morte, tampouco se o profissional chegou a ser internado ou socorrido.
Essa é a segunda morte de jornalistas em cobertura da Copa. O primeiro foi o estadunidense Grant Whal, que era respeitado como um dos principais jornalistas do país no Catar, sendo uma referência na cobertura esportiva.
Não só nos EUA, como no mundo inteiro, Whal acabou ficando conhecido depois de desafiar as regras do Catar e tentar entrar em um estádio com uma camisa em apoio à comunidade LGBTQIA+. Ele foi parado pelas autoridades e barrado do estádio na ocasião.
قنوات الكاس تنعي وفاة خالد المسلم المصور بإدارة الإبداع، تغمده الله بواسع رحمته واسكنه فسيح جناته pic.twitter.com/OC3yo7o5lG
— قنوات الكاس (@alkasschannel) December 10, 2022
Whal cobria o evento pela rádio NPR e a causa de sua morte ainda não foi divulgada. A atuação de jornalistas no Catar tem recebido bastante atenção internacional, a fim de coibir qualquer repressão do país.
O Catar vive um regime de governo restrito e de poucos direitos e liberdades individuais, no jornalismo existem denúncias de censura.