Após levar a filha de 12 anos de idade a um terreiro de candomblé onde a adolescente teve a cabeça raspada no ritual de iniciação, a manicure Kate Ana Belintani foi indiciada por maus-tratos e perdeu a guarda da filha, que foi entregue a avó materna pelo Conselho Tutelar da cidade onde moram.
Antes de ser entregue aos cuidados da avó, o delegado que está à frente do caso encaminhou a garota para perícia no IML – Instituto Médico Legal, onde entendeu que o corte total do cabelo da adolescente seria uma forma de lesão corporal.
Depois disso, a mãe da adolescente, que não teve o nome divulgado por ser menor de idade, travou uma batalha judicial para reaver a guarda da filha e, após 17 dias, ela então recuperou a guarda da mesma.
A decisão em devolver a guarda da menina para sua genitora foi protocolada na última sexta-feira, dia 14 de agosto.
A mãe desabafou em entrevista ao G1 dizendo que foram “17 dias sem fim”, se referindo ao período que lutou para provar que a filha não sofreu maus-tratos e a perda dos cabelos se deu por conta do ritual de iniciação com sua permissão e vontade própria.
De acordo com informações, as denúncias partiram de parentes que são evangélicos. Para a manicure, tudo não passou de intolerância religiosa. O caso foi registrado em 23 de julho e teve seu desfecho em 14 de agosto.