A vida de milhões de brasileiros pelo país tem sido difícil, especialmente durante a pandemia. Para conseguir arcar com as despesas do mês, muitos tem apelado para o trabalho autônomo para quebrar um galho. Com isso, o número de ambulantes tem aumentado.
A essa estatística, se soma Raimunda da Costa Raulino. Aos 33 anos, ela montou uma barraca de doces para tentar aumentar a renda no fim do mês. A necessidade de dinheiro é em função dos filhos, Raimunda e o marido são pais de 9 crianças.
O mais velho tem 16 anos, enquanto as mais novas são gêmeas, de 1 mês e 10 dias. Foram justamente fotos das bebês que chamaram a atenção. Para conseguir trabalhar na barraca, Raimunda coloca as filhas em uma caixa de papelão.
Raimunda não pode deixar de trabalhar, mas também não tem com quem deixar as bebês e não tem um carrinho de rodas. O resultado é a caixa de papelão, uma forma de proteger as meninas.
“É tipo de uma cama, ficam lá dentro. Preciso de um carrinho, se tivesse era melhor. Se conseguisse um para as gêmeas seria melhor. Cubro elas, ficam cobertas com uma fralda, não ficam no relento. É uma necessidade“, desabafa.
O marido é diarista e uma das filhas é especial, por isso recebe um auxílio, e é com o dinheiro dessas três fontes que a família sobrevive mês a mês. Raimunda pede ajuda e aceita doações na barraca onde trabalha, em bairro Cidade Nova, Rio Branco, Acre.