Segundo familiares teve morte cerebral confirmada nesta quinta-feira (21), o bebê de apenas 3 meses, que tinha sido internado às pressas em estado grave, pois estava com lesões cerebrais, na cidade de Caçador, no estado de Santa Catarina. “Tristeza tão grande”, disse o primo.
De acordo com a Polícia Civil a suspeita é que o crime foi cometido por um casal de babás, que teve a prisão preventiva já decretada por parte da Justiça.
O bebê estava intubado em uma unidade hospitalar de Florianópolis, capital do estado, desde a segunda-feira (18), após ser internada em caráter emergencial com diversas lesões cerebrais e corporais, além de quadro de parada cardiorrespiratória.
Segundo informações, a criança estava com costelas quebrada, olhos roxos e fratura no crânio.
Isamar Rojas, que é tia da criança, diz que ela e a mãe do bebê, são venezuelanas, e vieram para o estado de Santa Catarina buscando condições melhores de vida. Infirmou que as duas moram juntas. E, que além do bebê que morreu, a mulher tem outro filho de 2 anos.
“Nós temos que trabalhar. O marido dela não está aqui, ficou em Roraima. Tem que deixar alguém cuidar dos meninos para a gente trabalhar. Não somos daqui, viemos de outro país, então não é fácil”, diz.
Ela ainda diz que a irmã chegou para morar no Brasil há mais ou menos um ano.
PRISÃO PREVENTIVA
O casal que cuidava da criança teve prisão preventiva decretada após passarem por uma audiência de custódia. Segundo delegado responsável pelo caso – Fabiano Locatelli, eles foram presos em flagrante e indiciados por lesão corporal essa de natureza grave.
Os cuidadores (21 e 19 anos), foram apontados como suspeitos após laudo da perícia médica verificar lesões graves na criança, sendo uma delas denominada “shaken baby”, prática essa que quando uma pessoa adulta chacoalha de forma agressiva uma criança.
Diversos ferimentos foram notados, sendo: nas nádegas, cabeça, costas e face.
O bebê era cuidado pelo casal, período em que a mãe trabalhava.
APURAÇÃO
O MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) disse na terça-feira (19), que três procedimentos foram abertos, visando analisar se o casal cuidava de outras crianças, monitorar a situação das filhas do casal preso e acompanhar o estado de saúde do bebê (que infelizmente morreu).
A defesa do casal, disse em nota que ambos negam qualquer omissão de socorro ou agressão. E que os fatos devem ser investigados melhor.
O delegado diz que os cuidadores são os únicos suspeitos por agredir a criança.
Em defesa dos suspeitos, o advogado diz que eles negam os fatos que estão sendo acusados. Diz ainda, que eles têm duas filhas: uma se seis meses e outra de dois anos, que nunca sofreram maus-tratos e são muito bem cuidadas. Sendo que a bebê ainda mama no peito da mãe.