Por que uma vendedora de produtos de informática precisaria usar vestido curto e decote grande no ambiente de trabalho? Para o responsável de uma loja na Feira dos Importados, localizada no Setor de Indústria e Abastecimento, isso “atrai clientes”.
O caso obviamente gerou uma onda de revolta assim que foi divulgado nas redes sociais. Uma candidata a vaga, de 22 anos, foi quem expôs sua revolta nas redes sociais e acabou recebendo apoio de outros internautas.
Noemi Cristiane Cavalcanti, 22 anos, foi quem denunciou o assédio. A jovem tem dois filhos e está desempregada, por isso se interessou pela vaga quando viu o anúncio. “Falava que seria para secretária, com salário de R$ 1,5 mil, mas não tinha especificação nenhuma”, explica.
No entanto, bastou entrar em contato com a loja para passar a sofrer assédio. Ela já trabalhou como faxineira, assistente de padaria e vendedora, logo achava que tinha o que era necessário para assumir a vaga, mas se surpreendeu com a resposta.
“Me responderam já com um texto enorme falando que precisavam de uma mulher atraente. Pediram nome, Instagram pessoal, foto do corpo e do rosto“, conta.
Noemi conta que continuou a conversa para ver até aonde iria o assédio. Por ter salvo o contato com o nome da loja e não ter tido a identificação da pessoa com quem falava, Noemi não sabe de quem partiu o assédio, se de funcionários ou dos próprios donos da loja.