Depois de sucessivas denúncias dando conta de um comportamento inapropriado para um educador, um professor da rede pública de educação do estado do Ceará passou a ser investigado pelas autoridades públicas. De acordo com os relatos das supostas vítimas, o homem estaria cometendo importunações sexuais e abusos em face de suas próprias alunas. Além disso, há suspeitas de que o indivíduo esteja agindo com o intuito de atrapalhar o andamento das investigações a fim de que possa escapar dos crimes imputados.
Depois de uma denúncia formulada pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), a Vara Única da Comarca de Pentecostes, cidade onde os casos teriam acontecido, acolheu a peça ministerial e determinou o afastamento do professor de todas as suas funções públicas. A medida tem caráter cautelar, tendo em vista que a perpetuação do denunciado em suas atividades poderia representar risco para os estudantes.
Até que as investigações sejam concluídas, o professor não poderá se aproximar de nenhum centro de educação, tampouco manter contato com os alunos ou com qualquer tipo de ambiente escolar. Além disso, está proibido de se aproximar de qualquer uma das vítimas que lhe fizeram denúncias.
De acordo com o promotor Jairo Pequeno Neto, responsável pelo caso, o intuito deste pedido de afastamento por parte do Ministério Público é incentivar outras possíveis vítimas para que apareçam e façam suas denúncias. Em forma de protesto, os alunos picharam a frase “a escola é pública, meu corpo não” após os casos.