Justiça do RJ manda soltar jovem violoncelista negro que foi preso acusado de roubo: o jovem tem provas de que estava se apresentando no momento do crime

Família acusa PM de engano na prisão de Luiz Carlos Justino, de 22 anos. O jovem é violoncelista na Orquestra de Cordas da Grota.

O músico Luiz Carlos Justino viu sua vida virar de cabeça para baixo no último dia 2, durante uma blitz policial em Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro. O jovem foi preso suspeito de ter cometido um crime em 2017.

Ali teve início uma corrida contra o tempo da família e defensores do jovem para provar sua inocência. O delito pelo qual Luiz foi acusado aconteceu em 5 de novembro de 2017. Naquele domingo, no entanto, o menino estava em uma apresentação.

Na época do ocorrido, Justino tinha um contrato com uma padaria da região e se apresentava todos os domingos pela manhã. O crime em questão foi cometido exatamente pela manhã. Logo, Luiz tem provas de que não poderia ter cometido o roubo porque estava em outro lugar.

Além do contrato, a família conseguiu testemunhas que garantem que o músico estava na padaria. O estabelecimento comercial fica a cerca de 7 quilômetros do local onde tudo aconteceu. De acordo com informações da Band News, o roubo teria sido um celular e R$ 170, em espécie, cometido por 4 homens.

A prisão preventiva havia sido determinada pela juíza Fernanda Magalhães Freitas Patuzzo, que avaliou ser necessária para garantia da segurança e tranquilidade da vítima, que realizou o reconhecimento. No entanto, não foi esclarecido como esse foi feito.

A esposa de Luiz suspeita que o marido tenha sido vítima de fraude já que, de acordo com seu depoimento, perdeu os documentos algumas vezes nos últimos anos. A família acredita que alguém possa ter cometido violações usando seu nome.

Agora, diante das evidências apresentadas, uma nova determinação da Justiça mandou soltar o violoncelista. O juiz André Luiz Nicolitt alegou perplexidade ao saber que a foto de Justino integrava o álbum de suspeitos da polícia, sendo ele réu primário, com bons antecedentes e sem passagens pela polícia. O pedido foi feito pela Comissão de Direitos Humanos da OAB.

Escrito por

Roberta R

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