O vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro, teve seus sigilos fiscal e bancário quebrados pela Justiça. A decisão foi dada no âmbito das investigações sobre o suposto esquema de rachadinhas. Carlos é suspeito de manter funcionários fantasmas em seu gabinete.
O esquema investigado era simples: os funcionários fantasmas deviam “devolver” ao parlamentar uma porcentagem de seus salários. Sem trabalhar, os supostos funcionários fantasmas retiravam os pagamentos, mas ficavam com apenas uma parcela.
O caso já vem sendo investigado há cerca de dois anos, nesse período o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) agiu de forma bastante lenta para muitos críticos. Essa é a primeira vez que o MPRJ reconhece a possibilidade do crime.
Carlos Bolsonaro é vereador do Rio de Janeiro desde 2001. Foram 6 mandados consecutivos e 20 anos de parlamentarismo. Nesse período, dezenas de pessoas já trabalharam em seu gabinete. O trabalho, segundo as regras, deve ser de 40 horas semanais.
O caso é justamente baseado em indícios, segundo o MPRJ, de que vários desses assessores jamais trabalharam de fato no gabinete. Esses seriam, portanto, “funcionários fantasmas”. A investigação agora tenta encontrar evidências de que os valores eram repassados para Carlos Bolsonaro.
O vereador nega a existência de um esquema criminoso em seu gabinete e afirma estar “à disposição para prestar qualquer tipo de esclarecimento as autoridades“. Além de Carlos Bolsonaro, Flávio Bolsonaro também é investigado por suposto esquema de “rachadinhas”.