Justiça Militar absolve PMs denunciados por mulher que teria sido obrigada a manter relação dentro de viatura

A viatura estava em movimento e com as luzes e sirene ligadas.

Em 2019, uma mulher, na época com 19 anos, denunciou dois policiais por crime de estupro. A jovem afirma ter sido obrigada a entrar na viatura e forçada a manter relações sexuais com um dos PMs, enquanto o outro dirigia o carro oficial.

O caso correu em segredo de Justiça, mas teve detalhes divulgados pelo G1. A identidade dos envolvidos não foi revelada, mas detalhes do caso vieram à tona e geraram revolta, especialmente pela decisão do juiz militar Ronaldo Roth, da 1ª Auditoria Militar.

Dois soldados foram investigados e ambos foram absolvidos da acusação de estupro. Na época, uma perícia atestou a presença de sêmen de um dos policiais. Mas, para o juíz Ronaldo Roth, o sexo foi consensual.

Em sua decisão, Roth escreve que não existiu crime porque a “vítima não resistiu”. “Não houve nenhuma violência ou ameaça”, escreveu o juíz, “a vítima poderia sim resistir à prática do fato libidinoso, mas não o fez”.

Na denúncia, a jovem afirmou que foi coagida e ameaçada pelo policial. O soldado que dirigia a viatura não teve envolvimento físico com a mulher, mas se omitiu diante da cena. A viatura estava em movimento e com as luzes e sirene ligadas.

O soldado alegou que não sabia da intenção do colega e que foi pego de surpresa quando os dois começaram a praticar atos sexuais. O soldado foi completamente absolvido, enquanto o soldado que estava no banco de trás foi absolvido na acusação de estupro e condenado por “libidinagem”.

 

Escrito por

Roberta R

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