Em 26 de abril deste ano, dois homem negros foram mortos após serem acusados de furto em supermercado na Bahia. Segundo seguranças do local, os homens teriam roubado 4 peças de carne. A polícia nunca foi chamada.
As suspeitas de que os seguranças do local teriam entregado os homens à traficantes locais começou pela própria família das vítimas. O caso começou a ser investigado e a polícia juntou evidências da prática do crime.
Para a polícia, Yan e Bruno Barros foram torturados por traficantes antes de morrer. Agora, a Justiça atende um pedido do Ministério Público e determina a prisão preventiva de 11 suspeitos de envolvimento nas mortes.
A juíza Gelzi Maria Almeida Souza determinou a prisão de dois funcionários do supermercado e também do gerente-geral da unidade. Os três estão sendo acusados de uma série de crimes: extorsão, constrangimento ilegal e crimes de homicídio qualificado por motivação torpe, meio cruel e sem possibilidade de defesa das vítimas.
As investigações da polícia apontaram a participação de 23 pessoas no crime. No entanto, o Ministério Público apenas denunciou 13 e não chegou a esclarecer a situação das outras 10 pessoas. O caso, no entanto, ainda não foi concluído. A decisão da Justiça determina ainda que a Promotoria da Infância e Juventude investigue a suposta participação de um adolescente nos crimes.
A rede Atacadão Atakarejo não se manifestou sobre a prisão dos ex-funcionários acusados de participação no crime.