Foi concluído pela Justiça de São Paulo, que o influenciador digital e delegado Paulo Francisco Muniz Bilynskyj foi baleado por sua namorada, a modelo Priscila Delgado Barrios, que em seguida tirou a própria vida no prédio da vítima, localizado no ABC Paulista.
O fato aconteceu em maio de 2020, em São Bernardo do Campo e teve imensa repercussão na mídia.
Segundo informações da Polícia Civil, Priscila tentou assassinar o delegado por causa de ciúmes e depois tirou a própria vida, com apenas 27 anos de idade. Isso é o que também afirma Paulo, que após tomar seis tiros, passou por cirurgias, mas está vivo.
Agora em 2022, ele teve o dedo médio da sua mão direita amputado, pois foi atingido pelos tiros e teve perda dos movimentos e complicações.
O relato policial ainda foi sustentado pela perícia Técnico-Cientifica, que fez a análise da casa, onde o crime ocorreu.
Como a autora dos tiros tirou a própria vida em seguida, o MP (Ministério Público) pediu para que arquivasse o caso, que após investigação foi concluído como tentativa de assassinato e suicídio pelo DP (Distrito Policial) de São Bernardo. E segundo informações do G1, o inquérito foi arquivado pela Justiça em junho de 2021. Ele corria sob sigilo judicial.
A SSP (Secretaria da Segurança Pública) enviou uma nota destacando que a Corregedoria da Polícia Civil continua apurando o caso, porém sobre a conduta de Paulo, só que em esfera administrativa.
O G1 entrou em contato com Paulo, que agora tem 35 anos e ele disse que essa decisão da Justiça confirma o que ele sempre disse: que teria sido vítima de tentativa de homicídio. Ele ainda critica amplamente como foi realizada a cobertura do caso pela imprensa, o acusando de feminicídio.
“Sofri duas tentativas de homicídio, uma por uma mulher, outra por todos os repórteres que divulgaram informações falsas e absurdas sobre o caso”, disse.
O advogado José Roberto Rosa, que atua para família de Priscila, diz que os familiares dela querem mais detalhes do que motivou ela atirar no delegado e depois tirar a própria vida.
O magistrado já impetrou pedido para que o aparelho celular de Priscila seja desbloqueado por empresa particular e seja periciado, mas ainda não teve resposta.