Juíza que negou direito a aborto de menina violentada foi promovida antes da repercussão

Promovida, ela não esta mais no caso.

O nome da juíza Joana Ribeiro Zimmer já é um dos mais comentados em todo o país, desde que uma reportagem do The Intercept expôs detalhes escabrosos de um de seus casos. A reportagem expôs a maneira bizarra como a juíza induziu uma menina de 11 anos, que havia sido estuprada e estava grávida em decorrência do crime, a desistir do aborto – ao qual tem direito legal.

Depois da grande repercussão do caso, foi divulgado que a juíza já não estava mais no caso. Com a divulgação da informação, veio também a confirmação de que a juíza estava sendo alvo de uma investigação interna, que vai apurar a conduta adotada no processo.

Com o conflito das informações, muita gente deduziu que a juíza pudesse ter deixado o caso em função da repercussão. No entanto, este não é o caso. A juíza, na realidade, deixou o caso porque foi promovida.

Zimmer foi promovida pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, agora assume a comarca de Brusque. A promoção aconteceu no dia 15, cinco dias antes da reportagem publicada pelo The Intercept.

Os fatos, a repercussão do caso e a promoção, não estão associados – ao contrário do que muito se levou a pensar. A juíza não falou com nenhum meio de comunicação desde a grande repercussão do caso. A condução do caso esta sendo apurada tanto pelo Corregedoria-Geral da Justiça de Santa Catarina, quanto pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

Escrito por

Roberta R

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