Juiz que desdenhou de Lei Maria da Penha já havia feito outras declarações graves durante audiências: ‘dá para a adoção’

Devido à repercussão do caso, outras mulheres também expuseram seus casos.

O Juiz Rodrigo de Azevedo Costa se viu em meio a uma polêmica depois de ter fragmentos de audiências divulgados na internet. Durante uma audiência online e gravada, ele fez declarações graves sobre a Lei Maria da Penha.

Devido à repercussão do caso, outras pessoas procuraram a redação do blog Papo de Mãe para expor outras declarações problemáticas do juiz, feitas durante audiências. Dentre as falas, o juiz chegou a sugerir que uma mãe colocasse seu filho para a adoção.

Em outra declaração, o juiz ironizou uma mãe, afirmando que ela havia escolhido um pai ruim para o seu filho e que não cabia a ele “encher ele de tapa”. Em outra ocasião, o juiz também afirmou que era “azar” da mãe ter “escolhido mal”.

Na fala sobre adoção, o juiz se mostrou impaciente pela posição da mãe. A mulher, que não foi identificada, cobrava uma maior participação do pai das duas filhas, já que as crianças não tem ido à creche durante a pandemia. O juiz, por sua vez, questionou a mãe por ter tido dois filhos “ganhando R$ 1.300”, e sugeriu, “dá para adoção, põe num abrigo”.

A reportagem do blog afirma ainda que, em todo o momento da audiência, o juiz parece deixar claro sua posição de que cabe a mãe cuidar das crianças e que o trabalho do pai seria mais importante. O que chama atenção, no entanto, é que o ex-casal mantém guarda compartilhada das crianças.

Em um dos momentos, o juiz chega a afirmar que o pai das crianças (em uma das audiências recebidas pelo blog) não tinha obrigação de cuidar dos filhos, mesmo ele sendo pai e detentor de guarda compartilhada.

Escrito por

Roberta R

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