A família de uma jovem de 21 anos acusa a UPA do Jardim Samambaia, em São Paulo, de negligência. A jovem chegou ao local com um corte nas costas, causado por cacos de vidro, e um fragmento foi deixado para trás.
Maria Luisa Rangel estava visitando uma amiga, quando a jovem percebeu que tinha esquecido as chaves de casa na residência da avó. As duas então tentaram entrar em casa pela janela, mas tiveram que subir no telhado. Maria sofreu um acidente e caiu sobre uma mesa de vidro.
Ela foi socorrida e levada à UPA, onde recebeu pontos. No entanto, a família denuncia que o atendimento foi negligente. “Como um paciente entra em uma unidade de saúde com as costas rasgadas e não fazem sequer um raio X? Não dão uma receita com remédios?“, questiona a mãe.
Em casa, a família percebeu uma secreção sendo eliminada pelo ferimento. Cinco dias depois do primeiro atendimento, a família procurou outra unidade de atendimento e foi informada que a secreção era “normal”.
Maria teve a retirada dos pontos, depois de 12 dias, e foi liberada para retornar ao trabalho. No entanto, as dores continuavam e a mãe da jovem decidiu levá-la a uma unidade de atendimento na capital.
Logo na primeira consulta, a médica notou um corpo estranho no ferimento e a presença de pus. “Ficou bem preocupada“, disse Jamile, mãe da jovem, sobre a médica plantonista. A jovem precisou passar por uma cirurgia e um caco de vidro de 5 centímetros foi removido.
A família vê negligência no atendimento e conta que o primeiro médico, da UPA Jardim Samambaia, é oftalmologista. Para a jovem, apesar dos ferimentos estarem sarando, ela revela o trauma.