Irmão estava alcoolizado quando matou irmã com tiro acidental; ela filmava ele manusear a arma

Nesta semana a Polícia concluiu inquérito sobre o caso de Maria Vitória Carmello, que morreu de hemorragia interna no dia 16 de junho após a fatalidade

Foi concluído pela Polícia Civil o inquérito com apuração da morte da jovem Maria Vitória Carmello, de apenas 18 anos de idade, que foi atingida por disparo de arma de fogo do seu próprio irmão, que é policial civil, na cidade de Botucatu, no interior do estado de São Paulo.

A moça veio a óbito após ser atingida pelo tiro em seu pescoço. De acordo com o B.O (boletim de ocorrência), o disparo aconteceu quando Leonardo Matheus Carmello, 28 anos, irmão da vítima, manuseava a arma perto dela.

Lourenço Talamonte, delegado do caso – diz que o laudo constatou que foi mesmo um tiro acidental. Mostra ainda o resultado que a bala acertou o pescoço e ainda perfurou o pulmão da moça, por isso ela teve hemorragia interna.

O delegado ainda diz que corre um processo administrativo que julga uma possível exoneração de Leonardo ao seu cargo, já que ele passa por estágio probatório na Polícia Civil. Atualmente ele está afastado preventivamente. E o processo de análise deverá ser efetuado em paralelo a decisão da Justiça.

O homem foi preso em flagrante por homicídio, mas no dia seguinte (17 de junho) foi solto após audiência de custódia. Ele responde pelo crime em liberdade.

VERSÃO DO IRMÃO

O policial civil disse que jamais tinha manuseado a pistola envolvida no incidente.

Afirmou ainda que tinha comprado a pistola Glock 9 mm há apenas duas semanas e que no dia 16 de junho, decidiu durante um churrasco de família manuseá-la.

Durante interrogatório a Polícia Civil, Leonardo destacou que em um certo momento, notou que o ferrolho da arma enroscou e pediu a Maria Vitória que filmasse o procedimento de destravamento com o celular.

De acordo com Leonardo, como era a primeira vez que ele manuseava a pistola, sua ideia era mandar o vídeo para seu professor de tiro e armamento da Academia da Polícia Civil.

Ele disse que tirou o carregador, porém disse “não se lembrar” se averiguou se tinha uma bala na câmara. Como esse tipo de arma demanda o acionamento do primeiro estágio do gatilho para desmonte da pistola, Leonardo crê que foi nessa hora que aconteceu o tiro que atingiu sua irmã.

Ele ainda confirmou que tinha ingerido bebida alcoólica no momento do ocorrido.

Por esse motivo, o delegado destaca que o policial é investigado por homicídio doloso, mesmo que o tiro tenha sido acidental, uma vez que ele assumiu o risco ao manusear o revolver próximo a irmã.

Ele teve seu porte de arma suspenso.

A defesa de Leonardo frisa que a liberdade concedida a ele, demonstra que não houve “intenção nenhuma de criar essa fatalidade, inclusive com a irmã, que era muito querida por ele”.

Também ressalta que a família passa por esse luto unida e sabe que o jovem não teve culpa.

Escrito por

Renan Bertoni Soares

Rnena Bertoni Soares, colunista de notícias policiais, curiosidades, famosos, culinária, política e variedades!