A morte de Renato Couto Mendonça, de 41 anos, perito da polícia civil, segue sendo investigada. O caso tem gerado grande revolta e pedidos de Justiça. Renato foi morto por militares da Marinha, depois de descobrir um esquema de roubos.
A irmã dele, Débora Couto de Mendonça, foi quem reconheceu o corpo. Segundo as informações, Renato foi morto a tiros e jogado no Rio Guandu. Débora, que é fisioterapeuta, reconheceu o corpo do irmão ainda nas margens do rio.
Na saída do IML, Débora contou que o irmão estava com notas fiscais no dia em que foi morto. Ela afirma que o perito estava no ferro velho porque Lourival Ferreira de Lima (acusado de envolvimento no crime) teria se comprometido a devolver as janelas, se Renato apresentasse notas fiscais.
Lourival participaria do esquema receptando material roubado, segundo as investigações. “A gente já sabia dos furtos porque era uma coisa frequente. Tem 18 boletins de ocorrência“, afirmou Débora.
Débora desabafou sobre a morte do irmão e revelou que Renato apenas tinha se juntado a polícia civil para estar perto da família. Ele já tinha sido militar na Marinha e no Exército mas, em ambos os casos, ficou lotado longe de casa.
“Ele só entrou para a Polícia Civil para estar próximo da gente, porque quando ele foi da Marinha, ele ficou em Fortaleza, e quando era do Exército, em Curitiba“, explicou. A família organiza o enterro, que será realizado no Rio.