A Igreja Universal do Reino de Deus é alvo de investigações pela Procuradoria Geral de Angola por suspeita de fraude fiscal. A justiça angolana ainda aponta indícios de outras práticas criminosas no país e agora determinou a apreensão de vários templos.
O caso veio à tona quando uma onda de bispos abandonou a Igreja fazendo graves acusações. Diversos líderes angolanos, que atuavam como pastores e bispos, se desligaram da Igreja acusando a Universal de sonegação fiscal e práticas contrárias à “realidade de Angola e da África”.
Na África, a IURD está presente em nações, mas o número é ainda maior se considerado todos os continentes. A Igreja é uma das maiores do Brasil, com mais de 8 milhões de membros no território brasileiro, e uma das maiores do mundo, estando presente em cerca de 100 países.
As denúncias, feitas por cerca de 300 bispos da Igreja, levaram a abertura de um inquérito pela Procuradoria Geral do país. Agora, o procurador-geral Álvaro da Silva João confirmou a apreensão dos Templos e explicou os motivos que levaram a decisão.
As denúncias já vinham sendo investigadas, mas o caso ficou ainda maior quando um grupo de bispos angolanos ocuparam cerca de 80 templos da IURD e “expulsaram” aqueles que ainda estavam vinculados a igreja brasileira.
De acordo com o procurador-geral, as investigações apontaram suficientes indícios de que haviam práticas criminosas associadas as Igrejas. “Associação criminosa, fraude fiscal, exportação ilícita de capitais, abuso de confiança” são alguns dos crimes apurados.
As apreensões significam, basicamente, que as Igrejas deixam de pertencer ao patrimônio da IURD, pelo menos enquanto durarem as investigações. A Igreja brasileira não se manifestou ainda sobre a nova decisão, mas antes já havia negado as acusações e pedido apoio do governo brasileiro.