Um caso revoltante aconteceu em Nova Mutum, no Mato Grosso. Um menino de 3 anos deu entrada em um hospital municipal para controlar convulsões, mas acabou sendo internado por conta de sintomas de covid-19.
O menino sofre de hidrocefalia, que é um acúmulo de água no cérebro, e por conta disso sofre de dores de cabeça agudas e convulsões. Em um desses episódios, a família procurou o pronto-socorro local.
Dominicke é criado pela bisavó, Ayres da Costa, de 70 anos, e recebe apoio do pai. A idosa conta que o menino deu entrada no hospital por conta das dores de cabeça, mas depois de 7 dias, começou a apresentar dificuldade para respirar.
A idosa afirma que chamou médicos e enfermeiras para socorrer o menino e perguntou se aquilo não seria covid-19, mas os médicos disseram que não. Ela conta que o menino chegou a ser levado para passar por drenagem e tossia sangue.
Também conta que precisou insistir com os médicos para que fosse realizado um exame para coronavírus, até que os atendentes concordaram, mas condicionaram o exame ao pagamento de R$ 250 reais.
Ayres conta que concordou, mas informou que não tinha o dinheiro naquele momento. A idosa afirma que o hospital se recusou a fazer o exame até que o dinheiro fosse apresentado. O menino enfim fez o exame por uma clínica particular.
Ayres da Costa então foi colocada em quarentena, enquanto o menino foi levado a uma UTI de Cuiabá. A bisavó questiona o hospital: “Ele já estava internado, tinha direito ao exame. E se ele pegou a doença lá?”.
A prefeitura de Nova Mutum alega que abriu investigação para apurar o caso. Em nota, a prefeitura afirma que “está ciente de toda a situação envolvendo o paciente Dominicke” e que investiga os possíveis responsáveis.
O Instituto de Saúde Santa Rosa afirma que o hospital realiza os testes e envia a um laboratório, mas não pode se responsabilizar por custos de exames realizados em esfera privada.