A pandemia do novo coronavírus criou problemas, e escancarou outros, que nem sequer foram imaginados, como é o caso da ineficiência do sistema funerário em lidar com o número de óbitos, bem como o armazenamento desses corpos antes de serem transferidos das unidades hospitalares. Por se tratar de uma doença altamente contagiosa, as vítimas de covid-19 não podem ser transportadas de maneira comum e isso gera um problema.
No Rio de Janeiro, para tentar driblar esse problema, alguns hospitais da rede municipal estão instalando contêineres refrigerados para o armazenamento dos corpos de vítimas e casos suspeitos de covid-19. A medida não é original, outras regiões do mundo precisaram recorrer a essa adaptação, como é o caso de Nova Iorque, por exemplo.
A secretaria de saúde explicou que a medida é preventiva, ou seja, o problema de superlotação ainda não esta acontecendo, mas que visa lidar com essa situação e dar suporte a outras unidades de saúde da cidade. 3 contêineres foram instalados no Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, que deve dar suporte para Unidades de Pronto Atendimento da Zona Norte do Rio também.
A Secretária de Saúde não informou a capacidade de ocupação desses contêineres mas adiantou que os hospitais Evandro Freire e Souza Aguiar também terão instalados contêineres. No caso do Souza Aguiar, além de seus próprios casos, as novas instalações darão suporte para a Coordenação de Emergência Regional-Centro e da Maternidade Maria Amélia, além de outras unidades de saúde do centro da cidade.
No estado do Rio de Janeiro, o número de casos já passou 7 mil e ao todo já são pelo menos 645 mortes. No estado, a capital lidera o número de mortes com 382, seguido por Duque de Caxias (63) e Nova Iguaçu (24). As medidas de isolamento devem ser mantidas no estado e ainda não existe previsão de relaxamento para as medidas.