Antônio Sebastião da Silva recebeu, na última quinta-feira (30), uma sentença de 37 anos e seis meses de prisão pelo brutal assassinato de Luana Mariano Xavier, uma jovem de 17 anos, na cidade de Patos, em 2020.
O julgamento ocorreu no Tribunal do Júri de Patos e envolveu qualificadoras como meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio. Além disso, duas causas de aumento de pena foram consideradas: a vítima estava grávida e o crime ocorreu na presença de um menor.
Segundo informações do processo, o réu aproveitou-se de um momento em que estava sozinho na residência com a vítima e seu filho de apenas um ano, fruto de outro relacionamento, para cometer o crime.
Ele atacou Luana com 15 golpes de faca, atingindo seu rosto, pescoço, tórax e membros superiores, enquanto a jovem estava acompanhada de seu filho de um ano.
Testemunhas relataram que o relacionamento entre Antônio e Luana era conturbado e marcado por agressões. O réu, diversas vezes, demonstrou um comportamento possessivo e ciúme excessivo em relação à vítima.
Além disso, o acusado havia ameaçado Luana anteriormente por não aceitar que ela pudesse ter um relacionamento amoroso com outra pessoa que não fosse ele.
O Ministério Público da Paraíba (MPPB) refutou as teses de legítima defesa e “homicídio privilegiado” apresentadas pela defesa, destacando que a vítima estava grávida e era mãe de um bebê de um ano à época do crime, tornando a situação ainda mais grave e sensível.
A juíza Isabella Joseanne Assunção de Sousa, da 1ª Vara Mista de Patos, foi a responsável por proferir a sentença que condenou Antônio Sebastião da Silva a cumprir mais de 37 anos de prisão pelo feminicídio de Luana Mariano Xavier.