Recentemente os advogados de Carlos Rogério Cavechia, 44 anos de idade, que morreu após ser atropelado depois de uma discussão de trânsito, na cidade de Ribeirão Preto, no interior do estado de São Paulo, pedem aditamento da denúncia à Justiça e o motorista que causou o atropelamento Matheus Felipe da Silva Martins, 25 anos de idade, pode ter que responder por homicídio qualificado tentado e homicídio qualificado consumado.
Em 24 de junho, o jovem virou réu no processo movido pelo MP (Ministério Público). Foi atuado em flagrante no dia que atropelou uma mãe e seu filho, sendo que responderia por tentativa de homicídio duplamente qualificado, sendo por motivo fútil com recurso que impediu a defesa da vítima.
Renato Sávero – advogado das vítimas, ressalta que com o óbito de Carlos, o rapaz responderá agora por crime de homicídio qualificado consumado, além de homicídio qualificado tentado, pois atropelou ainda a senhora Noemia Cavechia, 68 anos de idade, que estava com seu filho na hora do crime.
Após mais de 20 dias internado em estado grave no HC (Hospital das Clínicas), Carlos não resistiu e morreu. Já sua mãe teve apenas ferimentos leves.
O CASO
Foi no dia 9 de junho que aconteceu o atropelamento, que foi registrado por câmeras na rua Ana Maria Tonzar Ristori, no Planalto Verde, que fica na zona oeste de Ribeirão Preto.
De acordo com o B.O (boletim de ocorrência), Matheus estava dirigindo um furgão dos Correios, momento que iniciou uma discussão com Carlos, esse que estava com sua mãe em um veículo.
Carlos desceu do seu carro e foi discutir com o jovem, que continuou no furgão. Nos registros dá para ver o homem indo em direção ao veículo dos Correios, logo em seguida sua mãe caminhando para o mesmo lugar.
Em seguida, o vídeo mostra o filho e a mãe voltando para o carro, momento em que foram surpreendidos pelo furgão vindo acelerado na direção deles.
O veículo atingiu Noemia e na sequência passou por cima de Carlos. O homem foi socorrido em estado grave, precisando ser submetido a cirurgia. Já a senhora teve ferimentos no nariz e braço, sendo encaminhada ao pronto-socorro, mas logo liberada.
DEFESA
Mariana Queiroz Reis – advogada de Matheus disse na época do ocorrido, que ele teria sido agredido por uma das vítimas, antes de causar o acidente.
“A vítima chegou a agredir o Matheus, deu um soco na boca dele retornou para o carro. Deu a impressão que poderia pegar um objeto. Foi quando o Matheus foi sair daquela situação e acabou ocasionando o acidente de trânsito”, explicou a advogada.
Ela ainda frisou que seu cliente não queria machucar as vítimas, tendo permanecido o tempo todo no local para prestar socorro necessário.
Através de uma nota, os Correios ressaltaram que Matheus e o furgão eram terceirizados, além das providências administrativas terem sido tomadas contra a empresa contratada.
